Camboja: tudo o que deve saber antes de visitar (visto, segurança e dicas práticas)

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O Camboja recentemente começou a ser um destino turístico exótico e atrativo, juntamente com seus vizinhos Vietnã, Tailândia e Laos, após passar por muitas dificuldades. Hoje o Camboja, um país localizado na região de Indochina, no sudeste da Ásia, passou a figurar em muitos roteiros turísticos, oferecendo belas paisagens naturais e ruínas milenares, sendo a principal delas Angkor Wat, um complexo de mais de 30 templos. A indústria do turismo já é a segunda mais importante do país!

Veja, a seguir, como se planejar antes de ir e tudo o que precisa saber para visitar o Camboja.

Visto para o Camboja

Brasileiros precisam de visto para entrar no Camboja, mas ele pode ser obtido no próprio país, no momento da chegada. Nos aeroportos de Phnom Penh e Siem Reap, basta o turista encaminhar-se para os setores das Embaixadas e Consulados. Se a entrada for por terra, via Tailândia, algumas cidades fronteiriças fornecem o visto, como Poipet, Banteay, Meanchey e Cham Yeam; se for pelo Vietnã, é necessário pegar a autorização prévia junto ao Consulado ou Embaixada, nas cidades de Bavet ou Ka-Om Samnor. Também é possível conseguir o visto on-line, através do site oficial e-Visa Camboja.

Atenção: os passaportes deverão ter no mínimo seis meses de validade a partir da data de entrada no país.

Os vistos de turismo para o Camboja são válidos por 30 dias a partir da data de chegada e são aplicadas multas em caso de irregularidades. Mas eles podem ser prorrogados por mais 30 dias se solicitado junto aos departamentos de imigração ou da Polícia Nacional.

Para qualquer problema durante a estadia, os brasileiros deverão recorrer à Embaixada do Brasil em Bangkok, na Tailândia, pois não há representação diplomática do Brasil no Camboja.

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Vacinas e cuidados de saúde

É aconselhável uma visita ao médico cerca de seis semanas antes de viajar, para receber orientações específicas sobre vacinas e demais cuidados médicos. Mas, de modo geral, é recomendável estar em dia com as vacinas que previnem contra doenças transmissíveis pela água ou comida contaminada, como hepatite A e febre tifoide.

Para os turistas que irão passar muitos dias em zonas ruais ou fazer atividades ao ar livre, como escalas e trekkings, é aconselhável vacinar-se contra a encefalite japonesa e a raiva. A malária e a dengue também são muito prevalentes no país, por isso é recomendável sua profilaxia, com uso constante de repelentes, roupas que cubram o corpo ao passear por matas e florestas fechadas, e preferência por locais com telas e climatizados.

O uso de medicamentos preventivos deve ser estudado junto ao médico de confiança. Já a vacina da febre amarela atualmente é obrigatória para brasileiros de determinadas regiões do Brasil.

Ao chegar ao Camboja é importante seguir alguns cuidados especiais, como só beber água engarrafada, evitar o uso de gelo nas bebidas, só comer frutas descascadas na hora e evitar comer carner e peixes crus ou mal cozidos. Isso porque a possibilidade de intoxicação alimentar é alta, em razão da falta de cuidados básicos de higiene no preparo de frutas e alimentos. É bom até mesmo que os viajantes levem seus remédios para diarreias, dores estomacais e antiácidos.

Em caso de doença durante a estadia, a infraestrutura médica é bem limitada, restringindo-se a Phnom Penh e Siem Reap. Para atendimentos mais especializados ou continuados, é melhor buscar assistência na Tailândia. Também se recomenda viajar com seguro de viagem que inclua repatriação médica.

Como chegar e se locomover no Camboja

Não há voos diretos partindo do Brasil, por isso será necessário encarar pelo menos duas escalas até lá, geralmente saindo de Bangkok ou Cingapura. Como a viagem é longa, aproveite e acrescente também outros países vizinhos em seu roteiro, como Tailândia e Vietnã. Os voos internacionais chegam a três aeroportos: o de Siem Reap, a cidade onde está localizado o Angkor Wat; Phnom Penh, a capital; e Sihanoukville.

Ao locomover-se pelo país, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil indica que se evite os transportes ferroviário e marítimo, pois o sistema ferroviário não segue os padrões internacionais de segurança e o marítimo costuma ter superlotação e ausência de equipamentos adequados.

Ônibus entre cidades também devem ser evitados, mesmo os turísticos, pois os acidentes são comuns. Recomenda-se o uso de táxis indicados pelos hotéis e com agendamento por telefone. E viagens à noite podem ser perigosas, em razão de banditismo.

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Idioma e comunicação

A língua oficial do Camboja é o Khmer, mas também é fácil encontrar pessoas que falem inglês ou francês, esta última em razão do período em que o país foi ocupado pela França.

Para serviços de telefone e internet, há várias lojas e agências de viagem que oferecem cartões vantajosos. Mas também há telefones públicos nos correios e lojas de telecomunicações, embora pratiquem preços mais elevados. Também é possível comprar um cartão SIM local nos aeroportos. E há wi-fi gratuito disponível em muitos hotéis, restaurantes, cafés e centros comerciais em Phnom Penh e Siem Reap.

Moeda do Camboja e questões financeiras

A moeda oficial é o Riel. Trocar o dinheiro no país é fácil, pois o câmbio pode ser feito nos bancos e nas várias casas de câmbio espalhadas pelas capitais das províncias, em geral junto a zonas de mercados. Mas é preciso ter atenção com notas rasgadas ou minimamente danificadas, pois poderão não ser aceitas depois.

Os cartões de créditos são aceitos nas grandes cidades e pontos turísticos, mas pode haver uma taxa sobre o valor da compra. E as gorjetas, embora não sejam obrigatórias nem esperadas, são bem apreciadas, devido ao nível de pobreza da população.

Os dólares americanos também são muito usados no país, principalmente em hotéis, lojas e restaurantes. Mas para transações rotineiras, como táxis e lanches, devem ser feitas em Riel. E atenção com o câmbio na hora do troco, pois ele pode ser feito em Riel.

Para ter uma ideia de valor, no câmbio atual 1 Real equivale a 1.082,56 Riel (KHR), enquanto 1 Dólar significa 4.038,24 KHR.

Segurança

Não há registros de muitos casos de violência grave, mas, como praticamente em qualquer lugar do mundo hoje em dia, é preciso ter cuidado com os casos de roubos a turistas, principalmente nas zonas turísticas mais frequentadas. Há relatos de furtos de carteiras e bolsas, inclusive ao carregá-los em moto-táxis e “tuk-tuks”. Por isso sugere-se que os viajantes deixem o passaporte em local seguro, mas levando sempre uma cópia consigo que inclua o visto de entrada no país.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil indica ainda alguns cuidados extras, como uma atenção maior nas regiões fronteiriças com a Tailândia, por causa dos conflitos do passado, e um muito inusitado: o perigo de minas terrestres e bombas nos campos e em regiões de florestas em algumas províncias. Por isso, turistas não devem caminhar em áreas de florestas e campos de arroz sem a presença de um guia local.

Nos templos localizados em áreas rurais mais distantes deve-se caminhar apenas à volta das ruínas, por caminhos já limpos. E cuidado redobrado na cidade de Sihanoukville, principalmente após o entardecer.

Clima no Camboja e melhor época para viajar

A melhor época para visitar o Camboja é entre dezembro e janeiro, pois quase não há chuva, as temperaturas estão um pouco mais amenas e a humidade desce, embora seja alta temporada. Outubro a abril é a época seca, com temperaturas mais baixas de novembro a janeiro (em torno dos 20º) e mais elevadas de fevereiro a abril. Em abril os termômetros costumam marcar por volta dos 40º. De maio a outubro é época de chuvas, que podem chegar a ser diárias entre julho e setembro. Por isso também acontecem alguns alagamentos nas estradas, tornado difícil transitar entre as cidades.

Dicas de conduta social

O Camboja tem o budismo como religião oficial, por isso a religião está impregnada nas tradições e no cotidiano dos habitantes. Como os monges não podem tocar em mulheres, recomenda-se que elas não se sentem ao seu lado em transportes públicos. Para visita a templos e locais religiosos, indica-se a preferência por trajes mais conservadores. E deve-se evitar fotografar instalações militares ou associadas à segurança nacional (pontes, prédios e veículos governamentais, etc.). E é bom que fique claro que até mesmo a posse de drogas está sujeita a penas severas, incluindo prisão perpétua.

O Portal Consular do Ministério das Relações Exteriores oferece informações detalhadas sobre o país, por isso, para mais detalhes, acesse aqui o link.

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