Ilha de Capri na Itália: o que ver e fazer na ilha dos famosos

Ela tem pouco mais de 10 km2 de extensão, mas sua fama é mundial e atrai não só milhões de turistas anualmente, como também é ponto de encontro de muitos famosos. A ilha paradisíaca de Capri, no Mar Tirreno, na baía de Nápoles, tem belezas extraordinárias e, de um pacato reduto de pescadores e agricultores italianos, passou a ser um lugar superbadalado e concorrido a partir do século XIX, quando foi descoberta por ingleses e alemães.

É formada por dois municípios, Capri e Anacapri, e possui dois portos, Marina Piccola e Marina Grande. Para chegar à ilha, é preciso pegar um barco em Sorrento ou em Nápoles.

Sua composição calcária dá origem a muitas grutas, por isso, as atrações predominantes em termos de beleza natural são as praias e os passeios de barco que vão até as grutas. Mas também há muitas atividades para se fazer em terra. Veja, a seguir, as principais dicas do que ver e fazer na Ilha de Capri:

Grotta Azzurra (Gruta Azul)

É a mais importante atração da ilha. Chega-se a ela através de barcos que saem da Marina Grande. A entrada tem apenas um metro de altura e dois de largura, e a cavidade toda possui 60 metros de comprimento e 25 de largura. Depois da escuridão inicial, começam a aparecer os reflexos azuis resplandescentes da água transparente. A sensação é de estar flutuando pelo céu.

De Capri a Anacapri

Capri é o principal município da ilha e também o mais movimentado, pois é ali que chegam os turistas, ao desembarcarem no Porto de Marina Grande, muito deles para visitas de um dia. Durante a noite fica um pouco mais calmo e por entre os bares e restaurantes, principalmente em noites de verão, é possível esbarrar com artistas e até príncipes.

Anacapri fica do lado ocidental da ilha e é mais tranquila, por estar mais afastada do Porto. Assim, é possível fazer um passeio bem calmo por entre suas ruas estreitas e coloridas por flores.

Faraglioni

É o conjunto de picos rochosos saindo do mar, a poucos metros da costa: Stella, bem junto à terra; Faraglione di Mezzo, no meio, separado por uma faixa de mar; e Faraglione di Fuori ou Scopolo, o mais afastado. Eles medem aproximadamente 100 metros de altura e o do meio abre-se em forma de arco. O Scopolo é o único habitat natural no mundo da lagarta azul (Podarcis Sicula Coerulea), que dizem ter essa cor em razão da camuflagem entre o mar e o céu.

Há três mirantes de onde se pode apreciar bem a vista dos Faraglioni, o cartão-postal da ilha: o Belvedere de Punta Tragara, os Jardins de Augusto e o Belvedere de Migliera.

Villa San Michele

A antiga vila erguida pelo médico Axel Munthe, hoje transformada em museu, preserva restos arqueológicos encontrados por toda a ilha: sarcófagos, bustos, pavimentos romanos, mármores, colunas. O belo jardim abriga uma tumba grega e uma esfinge em granito, e ainda é um miradouro de onde se pode apreciar a ilha.

Monte Solaro

A 589 metros acima do nível do mar, é o ponto mais alto da ilha. De lá, é possível ver não só toda a ilha, como o Vesúvio, o golfo de Nápoles e até a Costa Amalfitana. O passeio de teleférico até o alto dura 12 minutos, saindo de Anacapri, e é uma ótima maneira de apreciar a paisagem.

Villa Jovis / Salto de Tiberio

Foi a partir daqui que Tibério governou o Império Romano em seus últimos anos de vida. A casa possui 7 mil metros quadrados e fica no alto do Monte Tibério, um dos locais de mais difícil acesso da ilha. O Salto de Tiberio é um despenhadeiro e diz a lenda que era de onde o imperador atirava seus desafetos.

Jardins de Augusto

Além de ser um ótimo ponto de onde se pode apreciar e fotografar o Faraglioni, é um belo lugar, formado por uma série de terraços floridos. Também é possível ver a Marina Piccola e a via Krupp.

Via Krupp

A história dessa rua é pitoresca. Ela foi construída a mando do industrial alemão Friedrich Alfred Krupp, que achava desconfortável o caminho entre a Marina Piccola, onde atracava seu iate, e a suíte onde ficava hospedado nas férias de verão, o Grand Hotel Quisisana. Assim, o engenheiro Emilio Mayer fez um corte nas rochas e criou uma rua espetacular, cheia de curvas estreitas que parecem sobrepostas.

Faro di Punta Carena (Farol de Punta Carena)

Localizado na Península do Limmo, no extremo ocidental da ilha, após esse ponto só há mar, até chegar à Sicília. O farol foi construído em 1866 e é um dos mais importantes da Itália. É um dos melhores lugares para um banho de mar, pois a água é sempre limpa e há sol o dia inteiro.

Mas é preciso ter cuidado, pois a apenas 500 metros da costa o mar já fica profundo, com 600 metros de profundidade. De lá também é possível admirar o penhasco da Migliera e os muros de defesa construídos pelos ingleses no século XIX para proteção da ilha.

Arco Natural (Pizzolungo)

É uma cavidade subterrânea que foi descoberta após um desmoronamento. Após contínua erosão, hoje a rocha apresenta um arco de 12 metros, a cerca de 18 metros do chão, formando uma espécie de ponte natural entre os pilares da rocha.

Transporte pela ilha de Capri

Para se locomover pela ilha, há diversas opções. Da Marina Grande sai um Funicular para La Piazzeta, a principal rua de Capri. A partir de La Piazzeta e da Marina Grande também saem autocarros, motos e táxis para vários pontos turísticos da ilha.

E para fazer passeios de barco ao redor da ilha ou para pontos específicos, também é da Marina Grande que eles partem.

Dica extra

Em questão de gastronomia, o limão Femminelo (amarelo, típico da região) está por todo lado: em bolos, sorvetes, doces diversos. Mas é o licor feito de sua casca que é sucesso mundial, o Limoncello. A salada Caprese é outra iguaria típica, que junta à salada verde mussarela de búfala, manjericão e tomates.

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