Palácio de Versalhes: dicas para visitar, como chegar, o que fazer

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Um dos palácios mais imponentes e visitados no mundo, o Palácio de Versalhes (Château de Versailles), na França, impressiona não só pelo tamanho como pelo luxo e pela beleza. Além de toda carga histórica e cultural que carrega.

Declarado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, na época do rei Luís XIII era apenas um pavilhão de caça, mas seu filho, Luís XIV, reformou o lugar, com uma obra que levou 50 anos para terminar, e levou para lá a Corte e o governo, em 1682. Só os jardins levaram 40 anos para ficarem prontos. Até a Revolução Francesa, em 1789, abrigou sucessivos reis e sofreu várias reformas e modificações. Em 1837, foi transformado no Museu da História da França.

Dicas para visitar o Palácio de Versalhes

Tamanha grandiosidade torna necessário que o visitante programe pelo menos um dia inteiro para a visita, começando o mais cedo que conseguir, para aproveitar ao máximo o passeio. E, mesmo assim, é indicado que faça um roteiro, já com as escolhas do que verá com mais calma e dos locais que poderá passar mais rapidamente. Para ajudar nessa árdua tarefa, selecionamos algumas dicas para visitar o Palácio de Versalhes.

Como chegar

Situado a 21 km de Paris, o Palácio é de fácil acesso, sendo possível usar o trem em uma viagem de 40 minutos, aproximadamente.

A linha C do RER passa por diversas estações do metrô em Paris e chega à estação Versailles Châteaus – Rive Gauche, que fica a 10 minutos de caminhada do Palácio. O trajeto é bem sinalizado e ótimo para aproveitar e conhecer um pouco do lugar.

O SNFC chega à estação Versailles Chantiers, que fica a 18 minutos de caminhada do Palácio, com saída da Gare Montparnasse.

As saídas da Gare Saint Lazare chegam à estação Versailles Rive Droite, a 17 minutos a pé do castelo.

Para qualquer uma dessas escolhas, pode comprar um bilhete ida e volta na estação ou usar um passe Navigo, Mobilis ou Paris Visite que cubra as zonas de 1 a 4.

Outras opções são ônibus ou serviços de shuttle. A linha de ônibus RATP 171 parte da Pont de Sèvres (no fim da linha 9 do metrô) e chega em 30 minutos. É possível usar o T+ tickets. A Versailles Express oferece serviço de shuttle que sai da Torre Eiffel de terça a domingo, mas com apenas um horário por dia, de ida e de volta.

Também é possível ir de carro e estacionar nos vários estacionamentos disponíveis, tanto fora quanto dentro do palácio.

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Entradas no Palácio de Versalhes

O complexo do Palácio de Versalhes inclui o edifício principal, mais dois edifícios secundários – o Grand Trianon e o Petit Trianon –, os Jardins e a Galeria de Carruagens. É preciso saber exatamente o que visitar, pois os ingressos possuem preços diferenciados de acordo com os lugares e as atrações disponíveis.

O passaporte que dá acesso completo a todos os lugares custa 20 euros atualmente, 27 euros se incluir o show musical nas fontes do jardim. Há também passaporte para dois dias, caso queira fazer a visita com mais calma, e ingressos separados para cada local.

O Palácio funciona das 9h às 18h30, sendo que o Petit Trianon e a Galeria só abrem às 12h e 12h30, respectivamente. E os Jardins ficam abertos das 8h às 20h30, por conta do espetáculo musical nas fontes. Fecha às segundas-feiras.

O mais indicado é comprar os ingressos com antecedência (no próprio site oficial), pois as filas são gigantescas. Assim, só enfrentará a fila para entrar no local.

O Palácio de Versalhes

São 2.300 quartos, distribuídos em 63.154 m2. Amplas janelas, lustres luxuosos, cortinas, muito dourado perfazem a decoração. Há audioguias disponíveis, inclusive em português (de Portugal). Alguns destaques:

Apartamentos de Estado

Ala composta por sete salas decoradas luxuosamente, pois eram os cômodos onde eram realizados os atos oficiais do soberano. Os tetos são pintados com motivos especiais que dão nome ao salão, como o Salão de Hércules, que descreve a Apoteose de Hércules, e o Quarto Vênus, dedicado à deusa do amor da Grécia Antiga.

Galeria dos Espelhos

Um espaço com 73 metros de comprimento, ornada com 375 espelhos. Além de impressionante, tem grande representação histórica. Local onde, por exemplo, foi assinado o Tratado de Versalhes, em 1919, pondo fim à Primeira Guerra Mundial. Além disso, a sala é símbolo da riqueza, pois os espelhos eram objetos caríssimos na época. Há, inclusive, uma lenda de que o ditado sobre os sete anos de azar quando se quebra um espelho são oriundos desta sala, pois quando um empregado quebrava um deles, ficava 7 anos sem receber seu pagamento para poder pagar pelo conserto.

Aposentos da Rainha

Destaca-se o tom dourado por todo o quarto. Foi modificado várias vezes pela rainha. Preserva vários objetos de arte e móveis que pertenceram à Maria Antonieta.

Apartamentos do Rei

Na verdade, uma sucessão de aposentos, com a seguinte ordem: uma sala de guarda, duas antecâmaras, uma câmara, um gabinete e um aposento de domínio privado. Da Sala de Guarda até o quarto do rei pode-se observar como a decoração vai tornando-se mais elaborada conforme se avança. Neste último cômodo, a ornamentação é de brocado de ouro e prata.

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Capela Real

Dedicada a São Luís, possui elementos góticos e barrocos, e foi onde o rei Luís XVI e Maria Antonieta casaram-se.

Casa de Ópera Real

Inaugurada especialmente para o casamento de Luís XVI e Maria Antonieta, tem capacidade para 1.500 pessoas. Ficou praticamente em ruínas após a Segunda Guerra Mundial, mas foi restaurada em 1957 e, depois, novamente entre 2007 e 2009. Em seu auge, ostentava 3 mil candelabros para iluminar o local.

Galeria das Grandes Batalhas

É a maior sala do palácio (120 metros de comprimento) e retrata 15 séculos de história sobre as batalhas francesas.

Jardins do Palácio de Versalhes

Desenhado por André Le Nôtre, o jardim tem mais de 8 km2 de área, com uma infinidade de árvores, estátuas e fontes. É preciso muita disposição para caminhar e conhecê-lo por inteiro. Mas, se preferir, há bicicletas para alugar no local, assim com trens que vão do Palácio até o Grand e o Petit Trianon, todos pagos à parte.

Os jardins possuem uma beleza extraordinária. Junto aos edifícios há os parterre de broderie, os canteiros em formas de bordado, característicos da jardinagem francesa. São esplêndidos desenhos que, vistos de cima, parecem uma pintura.

Na parte mais baixa dos jardins há um grande canal, completando para uma harmonia visual perfeita.

Há relatos de que os jardins já tiveram mais de mil fontes. Atualmente, destaca-se a Fonte de Apollo, feita em chumbo dourado, retratando o deus do Sol em sua carruagem, puxada por cavalos. A Fonte de Netuno é outra que impressiona, com esculturas em chumbo e 99 jatos de água caindo ao redor das esculturas.

Também há bosques arborizados fechados por paredes de vegetação que introduziam um elemento surpresa nos jardins, com variedade de decorações e formas pensadas para surpreender os visitantes.

Grand Trianon

Palácio secundário, com exterior todo em mármore rosa. Foi projetado em 1687, para ser um lugar onde o rei Luís XIV pudesse ficar mais à vontade e também manter seu romance com Madame Montespan.

Petit Trianon

Foi construído para Luís XV e sua amante, a Marquesa de Pompadour, que acabou por falecer antes do término da obra. Sua inauguração, em 1769, já contava com a presença de outra dama ilustre, a Condessa du Barry. Mas, apesar de tudo, o pequeno palácio está muito mais associado à imagem da rainha Maria Antonieta, esposa de Luís XVI. Ela reformou o local e o transformou em seu refúgio, longe da Corte. Com jardins, um lago e um pavilhão exclusivo para festas, só se entrava com permissão da rainha.

Para chegar ao “Domínio de Maria Antonieta”, como é conhecido, é preciso uma boa caminhada após os jardins.

Galeria das Carruagens

É uma das mais importantes coleções de carruagens da Europa. Usadas durante muitos anos como símbolo de poder, as carruagens exibiam o rei, a rainha e seus filhos em momentos importantes. Foram desenvolvidas pelos melhores artesãos da corte francesa da época e eram luxuosamente decoradas.

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